Os agricultores espanhóis são os primeiros a sentir os efeitos dos anos de chuva mal distribuída ao longo do ano. Quando há safras ruins, logicamente, os preços dos alimentos sobem, e isso também pressiona a inflação. No caso do azeite, viu-se claramente que o aumento dos preços da energia foi agravado por uma muito má colheita devido à falta de chuvas que vieram, em abundância, em alturas erradas e não chegaram quando a terra necessitava.
O Governo espanhol, para não penalizar mais o sector e os consumidores, reduziu o IVA do chamado “ouro líquido”, mas isso não garante que o seu custo diminua. Nos últimos três anos, os preços subiram até 300% e é difícil baixá-lo no caso do azeite. Primeiro, porque é um alimento processado que precisa de produção complexa, segundo porque é um alimento único e difícil de substituir, e por fim a particularidade de que trabalha com previsões futuras baseadas em condições climáticas variáveis.
No início da época de floração e os olivicultores espanhóis parecem otimistas. Choveu no final de março, humedecendo a terra, e as temperaturas não foram extremas. Houve uma boa floração e um bom conjunto de frutos da flor mas até sabermos quanta azeitona e azeite a oliveira dá, haverá muita incerteza e o azeite continua a faltar no mercado depois de dois anos de muito pouca produção em Espanha.
No geral, Portugal tem no global deve ter neste corrente ano de 2024 uma boa produção, mais uma vez , porque a grande maioria dos olivais são de plantações modernas e regadas com sistemas tecnológicos avançados.