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Deixando de lado os dados dos últimos dois anos em que a diminuição da produção também influenciou significativamente o consumo, os dados dizem que o consumo anual médio de azeite já é superior a 3 milhões de toneladas – o triplo do valor registado há 30 anos.

No período 2010-2021, o consumo de azeite cresceu 11%. Até agora os dados absolutos não são suficientes para tirar conclusões claras tendo também de se analisar em paralelo a dinâmica da população mundial no mesmo período. Em 2010 havia pouco menos de 7 mil milhões de pessoas, e em 2021 o nosso planeta tem quase 8 mil milhões – um aumento de 17%.

Em 2010, a procura global por ano de óleos e gorduras foi de 27 quilogramas per capita, no entanto, em 2021 foi de quase 33 quilogramas – no período analisado é um aumento líquido de 22%.

Se nos referirmos à evolução da procura apenas do azeite, em 2010 o consumo foi de 413 gramas per capita, enquanto em 2021 foi de 400 gramas per capita, portanto, verifica-se uma diminuição do consumo de azeites durante nestes 11 anos, em 3%. A população cresceu mas o consumo de azeite não cresceu na mesma proporção.

É evidente, portanto, que o azeite não está ainda a explorar todo o seu potencial, estando nesta altura apenas a consolidar posições.