A área de oliveiras que cobre o planeta continua sem crescer há vários anos, mantendo-se nos 11,6 milhões de hectares. Isto acontece contra aquilo que seria de esperar dada a estabilização do preço do azeite em valores muito mais altos que nos da década anterior. A teoria económica apontaria para o crescimento da área de olival no mundo, dada a subida de preço que funcionaria como incentivo ao investimento em mais olival no planeta. Há no entanto quem admita que nos próximos anos haverá um crescimento lento. A verdade é que havia um registo histórico anual de aumentar cerca de 150 mil hectares, mas nos últimos anos esse valor situou-se entre os 40 e os 50 mil hectares. Além disso há mesmo nalgumas áreas abandono do cultivo da oliveira – permanente ou temporariamente – o que significa que em termos líquidos a expansão em alguns dos anos mais recentes acaba sendo negativa.
Contudo, o que o sector está a sofrer é uma transformação, ou seja, neste momento 70% do olival, mesmo tradicional, produz 60% do azeite do planeta, enquanto o olival moderno, e mais competitivo, produz 40%, esta situação será alterada com a transformação dos olivais tradicionais em olivais de sebe e intensivos, tanto de sequeiro como de regadio, enquanto alguns intensivos continuarão a ser orientados para uma maior intensificação transformando-os em olivais de sebe, tal tendência já está a evoluir em esse sentido.
Herdade Maria da Guarda: créditos Jorge Simão