O INE estima que, na totalidade de 2017, Portugal tenha exportado 495,46 milhões de euros em azeite (dos quais 430,82 milhões de euros de azeite virgem) e importado outros 351,06 milhões, o que resulta num saldo positivo de 144,4 milhões de euros, podendo ser considerada a melhor campanha desde 1915, nas palavras do INE:
“a produção de azeite ultrapassou 1,47 milhões de hectolitros [mais 94,1% face a 2016], correspondendo à campanha mais produtiva desde 1915” – “ano a partir do qual existem registos sistemáticos” no país, explica.
No total da campanha 2017/2018, o SIMA, com base no SIAZ – Sistema de Informação do Azeite e Azeitona de Mesa, extrapolando a amostra recolhida em 137 lagares do país, calcula que “o volume de produção nacional de azeite se situe entre 125 e 130 mil toneladas”. O Alentejo, que desde 2009 “passou a produzir mais de metade do azeite nacional”, à conta do regadio possibilitado por Alqueva, passará o seu peso na produção nacional de 75% para 78% este ano.
A estimativa do SIMA aproxima-se da previsão que o Conselho Oleícola Internacional (COI) fez, em Abril passado, para a actual campanha em Portugal: um aumento da produção em 80,1%, para 125 mil toneladas de azeite. O país continuará, dentro da UE, a ser o quarto maior produtor: apesar de para Espanha o COI prever uma redução de 3%, é lá que serão produzidas 1,25 milhões de toneladas; em Itália – cuja oferta foi fortemente penalizada na campanha anterior – a produção deverá melhorar em 137%, para 432 mil toneladas; e, na Grécia, a perspectiva é de a oferta crescer 64,1%, para 320 mil toneladas. Fora do bloco económico europeu, a Tunísia manterá a liderança, com as 280 mil toneladas de azeite estimadas (mais 180%%).