Existem inúmeros estudos, pesquisas, livros, artigos e outras evidências científicas que não apenas atestam, mas também confirmam, que o consumo regular de azeite extravirgem contribui para a redução de danos celulares, prevenção do envelhecimento precoce, melhora da elasticidade e hidratação da pele, regulação dos níveis de colesterol, prevenção de doenças cardiovasculares, auxílio na prevenção de alguns tipos de cancro, contribuição para a saúde cerebral, sendo um alimento eficaz para perda de peso, fortalecimento do sistema imunológico e uma longa lista de outros efeitos positivos para a saúde.
No entanto, de acordo com o livro “Italian-American Folklore”, dos autores franceses M. Malpezzi e William M. Clements (1992), publicado pela August House, o uso de azeite extravirgem pode ajudar a proteger-se do malocchio. Ou seja se tem alguém a lançar-lhe um olhar estranho ou “mau-olhado” e tudo começar a dar errado, o melhor é pegar no seu azeite e saber com certeza, porque pode não só confirmar como se defender, diz o livro.
Mas o que é malocchio? É uma crença popular supersticiosa, difundida em muitas civilizações, segundo a qual uma pessoa, com um simples olhar de inveja ou uma energia negativa, pode afetar negativamente outra pessoa, transmitindo-lhe malocchio. É sobretudo uma crença popular italiana no “mau-olhado”: um olhar de inveja ou energia negativa capaz de trazer azar, doenças e má sorte para a pessoa visada. Tradicionalmente no sul e em várias regiões da Itália, o conceito envolve o medo de que alguém transmita infortúnio apenas por desejar ou olhar com despeito para outro.
Para se proteger do malocchio, os italianos usam amuletos (como o cornicello, um pequeno chifre vermelho) e gestos ritualísticos, especialmente o famoso gesto da mão chifrada (“mano cornuta”), feito estendendo o mindinho e o indicador e dobrando os outros dedos, que serve como talismã contra energias negativas.
Embora popularmente visto como superstição, o malocchio faz parte da cultura mediterrânea e tem equivalentes em outras culturas, como o “evil eye” anglo-saxão e o “olho gordo” brasileiro ou o “mau-olhado” português.