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A procura de azeite é uma tendência estável com uma inclinação crescente, mas não muito pronunciada, que está sujeita a uma produção instável, por razões especialmente climatológicas, uma vez que, como temos visto, 70 por cento da actividade total da olivicultura é desenvolvida em regime de sequeiro e cada campanha está ligada à seguinte com um stock que concilia a procura e a oferta e estabiliza a tendência dos preços.

Desde a campanha 2018/19, que já se registou uma queda acumulada na produção por motivos meteorológicos superior a 23 por cento em valor absoluto acumulado, enquanto a procura continua a manter-se intacta, o que reduziu quase completamente o stock de reservas que passam de uma campanha para a seguinte, o que, juntamente com as expectativas de escassez na próxima campanha, está a provocar um desequilíbrio entre a procura potencial e a oferta disponibilizada pela produção anual.

Portanto, o que está a acontecer é o resultado da simples conjugação de um desiquilíbrio entre oferta e procura num mercado que atravessa uma crise do lado da produção.

Créditos: Jorge Simão