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A proliferação de javalis na Península Ibérica está a tornar-se descontrolada – em muitos casos já não só saem das zonas agrícolas onde destroem produções, como também invadem praias e zonas turísticas pondo em perigo famílias de férias como aconteceu no verão passado em diversas praias em Portugal. Este descontrolo está a deixar agricultores desesperados e caçadores preocupados. Tem sido o cenário crescentemente e preocupante em Portugal nos últimos anos, com a situação a agravar-se de dia para dia. O Javali, que é uma espécie natural do norte da Europa, tem vindo a caminhar para sul no último século com enorme capacidade de multiplicação. O número de javalis não pára de crescer e o jornal Nascer do SOL foi fazer uma investigação para tentar perceber de que forma se irá dar resposta a esta autêntica ‘praga’.

Sabe-se que os javalis são uma espécie com interesse sócio-económico pela sua importância cinegética. Por conseguinte, são uma espécie que não sendo originária da península Ibérica, poderá no entanto ser aqui preservada e gerida. É, contudo, cada vez mais uma espécie problemática, devido aos perigos, ameaças e prejuízos que acarretam por terem atingido densidades excessivas – situação que se torna cada vez mais frequente tanto em Portugal e Espanha como noutros pontos da Europa.

Para travar este aumento, a caça ao javali já foi autorizada pelo Instituto de Conservação da

Natureza e das Florestas (ICNF), inicialmente até 31 de Maio, através de esperas diurnas ou

noturnas, com ou sem recurso a luz artificial, dentro ou fora do período de Lua Cheia. Mais

recentemente, o ICNF alargou o prazo, entre 1 de Julho e 30 de Setembro, e autorizou a

realização de batidas com cães em culturas agrícolas.