A famosa frase do poeta francês George Duhamel que diz “onde termina a oliveira, termina o Mediterrâneo” tornou-se hoje em dia desactualizada. Já são 66 países produtores de azeite, com uma área total de 11,6 milhões de hectares. Todas as oliveiras produtivas do nosso planeta localizavam-se no hemisfério norte entre os paralelos 35º a 45º, e a sul entre os paralelos 35º a 41º.
Diz-se que as árvores lenhosas mais antigas do planeta são a oliveira, a palmeira, a figueira e a videira. A oliveira é historicamente cultivada na área geográfica compreendida entre os paralelos 35° e 45° de latitude norte. Com efeito, em 1980 existiam um total de 23 países produtores de azeite, com uma área de pouco mais de 7 milhões de hectares, desenvolvendo-se em ambientes verdadeiramente inóspitos.
Contudo a força e a vontade de conquistar geografias não têm limites e, recentemente, a oliveira começou a ser cultivada no paralelo 48, pela família de Michael Pierce que iniciaram a sua aposta na olivicultura. A sua primeira plantação foi de 1.000 oliveiras em cerca de 30 hectares e neste momento já possuem mais de 2.500 e uma área de 75 hectares refere Juan Vilar Consultores estratégicos uma das principais empresas no mundo a acompanhar o sector oleícola..
Nas ilhas do Golfo do Canadá, na costa oeste, existem duas explorações olivícolas, uma dedicada à azeitona de mesa e outra, de maior dimensão, orientada para a produção de azeite. Andrew Butt foi o primeiro agricultor a apostar na oliveira desde 2001 com as variedades Frantoio e Leccino. Não tendo recordes de produção tem já o record de ser o olival em produção mais a norte do planeta.
Crédito: Rui ôchoa