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Não se compreende algum «discurso alarmista» adoptado por quem não conhece o sector nem nunca fez agricultura, a propósito do olival e da produção de azeite na região do Alentejo.

Os 3 milhões de hectares que constituem a região do Alentejo, «apenas 165 mil estão ocupados por olival, sendo que as áreas de olival intensivo e olival em sebe representam 38 mil hectares. Ou seja, 1,25% do total», revela um estudo do Ministério da Agricultura hoje apresentado que refere não se encontraram deterioração dos solos – antes pelo contrario há crescimento de matéria orgânica no solo nas zonas plantada de olival.

Face a estes dados, e ainda segundo o Ministério da Agricultura, torna-se incompreensível tal “discurso alarmista”, tanto mais que estes olivais também têm contribuído em muito para a dinamização sócio-económica da região do Alentejo e para o combate ao desemprego.

O Ministério da Agricultura garante que o trabalho foi levada a cabo por técnicos da sua estrutura, com avaliação dos efeitos ambientais desta cultura, tendo-se concluído que «o olival intensivo não promove mais pressões ambientais do que outras culturas regadas com expressão determinante no Alentejo. Inclusive os indicadores compulsados apontam-na como das menos potenciadoras de impactos negativos no solo, tendo sido encontrado efeitos positivos na fauna e na qualidade do solo».

Não obstante a informação obtida, o Ministro da Agricultura determinou que o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária promova e continue a promover estudos «aprofundados de avaliação e acompanhamento comparativos dos diversos tipos de exploração de olival e outras culturas regadas», bem como a respectiva apresentação de conclusões.

Nos últimos 15 anos o Alentejo viu quintuplicar a sua produção, tendo registado um aumento de 25% da área de olival, segundo o mesmo estudo. «Esta evolução transformou esta cultura numa alavanca imprescindível ao desenvolvimento económico do sul do país, geradora de emprego e dinamizadora da realidade empresarial», conclui.

O Ministério da Agricultura informa com agrado que Portugal registou, em 2017, um valor recorde de produção de azeite, tendo atingido as 125 mil toneladas, mais 80% face ao ano anterior. No espaço de uma década, o país passou do défice crónico da balança comercial para uma situação de superavit que atingiu os 150 milhões de euros.