“Senhor, mandai-nos chuva!”, clamavam as vozes de uma recente procissão liderada por Sebastián Chico, bispo da cidade de Jaén, capital da província de mesmo nome, no sul de Espanha. Apesar do reforço de muitos olivicultores da região que acabaram se juntar à caminhada religiosa, o pedido lançado aos céus ainda não foi atendido.
No próprio dia da procissão, o sol fustigava os olivais. Há meses não chove na província de Jaén. Se o tão esperado milagre da água não acontecer logo, há o risco de grandes quebras de safra pelo segundo ano consecutivo. Uma catástrofe para os agricultores que é sentida também pelos consumidores: os preços do azeite, já bastante elevados, devem subir ainda mais.
“Sem água, não tem azeitona. E sem azeitona, a província sofre”, preconiza o bispo Chico. “Nossa economia depende da produção de azeitonas.” Com cerca de 630 mil habitantes e 66 milhões de oliveiras, Jaén é considerada a mais importante área olivícola do mundo. Aqui é produzido o azeite destinado a grande parte da Europa. Nesta altura se o preço do azeite a granel já ultrapassa os 6 euros o kg, a que preço chegará ao supermercado a pouca quantidade do precioso néctar disponível para consumidores que se preocupam em ter gorduras saudáveis na sua alimentação.
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