Chá de oliveira – uma delícia que começa a ser apreciada na Índia
A experiência da oliveira na Índia tem apenas uma década e o uso dos seus produtos é praticamente exclusivo para tratamento medicinal sendo o azeite utilizado como creme para massagens. Foi através de um funcionário indiano apaixonado pelas oliveiras de Israel, que se iniciou a experiência agrícola de introduzir a oliveira no país. O clima não permitirá que se obtenha a eficiência que em Portugal casos como o da Herdade de Maria da Guarda registam. No entanto a experiência na Índia foi feita com 2135 oliveiras, principalmente da variedade Arbequina, (variedade muito resistente que por exemplo na Herdade de Maria da Guarda representam mais de 40% da área plantada) e estão distribuídas em 7 parcelas no distrito de Bassi em Rajasthan. Não se conseguiram chegar a produções comerciais em Bassi não se acumulam horas frias suficientes para que a oliveira produza azeitonas, o que faz com que muitas das oliveiras desta experiência não apresentem sequer azeitonas. Este facto fez com que, da experiência inicial, se tenha optado pelo processamento de folhas de oliveira para se desenvolver o uso como chá.
Esta combinação deu o resultado de um chá com um sabor refinado e delicioso, difícil de definir devido à imensidão de nuances que apresenta. A toda essa magnitude sensorial, olfactiva e gustativa devem ser acrescentadas as propriedades antioxidantes, anti-cancerígena e cardiovasculares que este chá único apresenta graças ao seu ingrediente principal: a folha de oliveira.
Caio Plínio (o velho), que foi um famoso naturalista e filósofo romano que viveu no inicio da era Cristã, disse que existem dois líquidos agradáveis para o corpo, o azeite para o exterior e o vinho para interior. E agora talvez possamos acrescentar ao seu ensinamento mais um produto: uma azeite em forma de chá que fará bem ao corpo sendo ingerido de forma diferente.
Como curiosidade sublinhe-se que Plínio sobreviveu à a erupção do Vesúvio e faz das mais importantes descrições dessa consequência que afogou Pompeia em cinzas e além disso é também nos seus documentos pela primeira vez o cristianismo é citado.