Multiplicam-se as notícias em Portugal de roubo de azeitona – em particular nos olivais tradicionais que não requerem máquinas sofisticadas de apanha. O facto da azeitona estar com uma cotação bem acima do euro por cada kg – resultado da valorização do azeite já acima dos 8 euros por kg – leva a que algumas comunidades mais propensas à prática do roubo façam visitas a olivais de forma a colher a azeitona antes mesmo que o dono do olival o faça. “Sem que a azeitona esteja madura para ser colhida à comunidades de ladrões que vêm roubar a azeitona do olival” queixa-se um olivicultor à GNR de Beja vendo que uma dezena de oliveiras do seu olival foram colhidas por meliantes enquanto se tinha deslocado a Beja tratar de um assunto profissional. O olivicultor em causa que não revela a sua identificação com medo de represálias efectuadas pelos meliantes, estima em cerca de 5 mil euros o valor do roubo a que foi sujeito. A GNR continua atenta tendo aberto uma linha telefónica directa para queixas ou denúncias anónimas que qualquer cidadão presencie. A preocupação é que se crie uma situação em que nenhum lagar compre ou azeite azeitona sem que seja apresentada a devida documentação. Há também informação de azeite que está a ser vendido com mistura de óleos mais baratos por embaladores menos escrupulosos.