Estudos e pesquisas realizadas nas pinturas de Tassili indicam que houve dois povos diferentes que fizeram as pinturas, a primeira, da África central, e depois um segundo a partir da costa da Argélia cuja característica da pele era mais claro que o primeiro.
Ambos os povos plasmaram graficamente através de suas pinturas costumes realizados nessa região e os desenvolvimentos na fauna e a agricultura, em especial no apriveitamento da oliveira para o progresso das civilizações. São já mutismos os séculos que se percorreram até chegar à actual perfeição das plantações do tipo que existem na Herdade de Maria da Guarda. Mas estamos ainda no principio e a oliveira continuará a ser base da alimentação dos povos no futuro.
Naquele tempo, coincidindo com o fim da era do gelo, a área onde Tissali está localizado, foi o mais favorável e adequado para o desenvolvimento e a sobrevivência dos seres humanos, da agricultura e da pecuária. As variedades de oliveiras que representam as pinturas são presumivelmente o Laperrinei Olive (Sub-espécie Olea europea de Laperrinei), que é a variante Africano do comum acebuche. Estes dados pictóricos mostram realmente que aqueles humanos deixaram de ser nómadas, e passaram a domesticar animais, e a entrar em contacto com a cultura da azeitona e do azeite que assim muda o seu estilo de vida. Portanto, mais uma vez, a oliveira ancestral tem sido uma testemunha silenciosa das mudanças comportamentais manifestadas pelos seres humanos ao longo da história, revelando uma ainda em vigor frase anónima, que diz que “a oliveira sabe mais do que ser humano, do que o homem sabe sobre a oliveira”.