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A oliveira responde por 25% do cultivo permanente do planeta

Essa é uma das conclusões do manual “Olivicultura Internacional”, preparado em seis linguas por especialistas e cientistas de todo o mundo, coordenado pelo professor Juan Vilar, da Universidade de Jaén (UJA).
Conforme detalhado neste relatório, actualmente 150 milhões de km2 dos continentes, ou seja,  30% (4.400 milhões de hectares) são terras aráveis, enquanto 10% (1.530 milhões de hectares) são realmente cultivados. Destes, 77% são terras secas e 23% são terras com disponibilidade de água.
A maioria das culturas permanentes é a oliveira, com 11,6 milhões de hectares de terra distribuídos por 63 países nos cinco continentes, o que representa pouco mais de 0,25% da terra cultivada total e pouco menos de 1% da terra cultivada.
Da área total do olival, 70% corresponde ao cultivo em terra seca e 30% à terra irrigada. Além disso, de acordo com este manual, o número total de olivais distribuídos em todo o planeta é de pouco mais de 3,5 milhões, dos quais 87% vão para o azeite e 13% para as azeitonas de mesa.
Quanto à natureza da cultura, 72% corresponde a extensos olivais, enquanto 28% é um olival com maior variedade de intensificação e eficiência. Da área total cultivada do olival do mundo, 6,6% é ecológica, atingindo já os 765 mil hectares.
Enquanto os países com maior disponibilidade de terras cultivadas são Estados Unidos, Índia, Rússia, China, Brasil e Austrália, no campo dos olivais, destacam-se Espanha, Tunísia, Itália, Grécia, Portugal, Marrocos e Turquia. Por sua vez, o estudo indica que a maior fazenda do planeta está localizada na Austrália, enquanto o maior olival está localizado na Tunísia.
Vilar destacou que “o facto de a oliveira ser a maior colheita permanente do planeta é algo que continuará a ocorrer por muitos anos, dada a sua taxa de expansão anual, que às vezes ultrapassa 1%, principalmente em áreas onde no passado, essa colheita era inexistente”.