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Herdade de Maria da Guarda assenta sobretudo em quais variedades?

Nos últimos 6 mil anos, as pessoas têm comido azeitona, domesticado a oliveira  e espremendo o seu  fruto para obter azeite. Na verdade, os arqueólogos encontraram evidências substanciais que sugerem que as azeitonas foram uma das primeiras árvores frutíferas a serem domesticadas, na margem oriental da bacia do Mediterrâneo. Veja quais as variedades que fizeram história na Herdade de Maria da Guarda, em Serpa. As três variedades internacionais escolhidas pela empresa vocacionada para a exportação e as variedades portuguesas que na Herdade de Maria da Guarda estão todas concentradas numa mesma área e daí se fazer um blend português que é vendido sobretudo aos principais embaladores nacionais.

Desde há mais de 6 mil anos que o cultivo da oliveira se expandiu progressivamente para o resto da região do Mediterrâneo, em grande parte graças aos comerciantes da Fenícia, que primeiro trouxeram as oliveiras a lugares que agora são sinónimos de produção de azeite de mesa e azeite – sobretudo Toscânia, Tunísia e Península Ibérica.

Hoje em dia, a oliveira é cultivada em dezenas de países em todos os continentes, exceto na Antártica.

Segundo estimativas do Conselho Oleícola Internacional(COI), 90 por cento das azeitonas colhidas destinam-se à produção de azeite sendo os restantes 10% processados como azeitona de mesa.

Noções básicas do azeite

Para a maioria dos consumidores casuais, parece que há dois tipos predominantes de azeitonas: preta e verde. No entanto, todas as azeitonas começam como azeitonas verdes e lentamente se transformam em castanho claro e roxo-avermelhado, antes de amadurecer completamente e se tornar preto escuro.

O COI estima que existam 139 variedades de azeitonas (ou cultivares – os termos podem ser usados indistintamente) cultivadas em 23 países diferentes que representam cerca de 85 por cento da produção mundial de azeitona.

Cada cultivar de azeitona tem suas próprias características químicas e gustativas. No entanto, os azeites feitos da mesma cultivar podem ser bastante diferentes, dependendo das variações de cultivo, colheita e processamento.

O azeite feito de uma única variedade é denominado azeite monovarietal ou monocultivar. As misturas são elaboradas com azeites de duas ou mais cultivares.

As principais cultivares da Herdade de Maria da Guarda são a Arbequina, a Arbosana e a koroneiky que abaixo se caracteriza e que hoje em dia são talvez as mais conhecidas nos olivais modernos e nos mercados internacionais. Em em primeiro lugar a Arbequina

Uso: sobretudo para azeite

Depois do cultivar  Picual muito utilizado em Espanha, a azeitona Arbequina é a segundas mais comumente usada no consumo mundial e sobretudo na produção de azeite pelos mais eficientes produtores, terá sido uma variedade nativa da Catalunha. Representa cerca de 10 por cento do azeite do mundo e também por isso a primeira escolha da Herdade de Maria da Guarda.

Devido ao formato pequeno e uniforme, a azeitona Arbequina é facilmente colhida e frequentemente a opção para operações de colheita mecanizada. O seu alto teor de gordura e adaptabilidade contribuem para sua popularidade entre principais os produtores.

A Arbosana em grande crescimento nos olivais modernos é a segunda escolha da Herdade de Maria da Guarda.

Uso:sobretudo para azeite

O azeite extraído das azeitonas é um clássico da culinária contemporânea, na gastronomia contribui para a harmonização de pratos culinários e cada variedade possui características que marcam o aroma e sabor de seu produto. No azeite extraído da cultivar Arbosana é possível encontrar um azeite considerado harmónico com toque de amargor, picante e frutas verde. Ao possuir um diferenciado sabor suave, ele é indicado para ser consumido com carnes brancas, pescados, mariscos, massas e saladas verdes.

Há outra variedade antiga, de origem grega, que se chama Koroneiki e também por ser internacionalmente bem aceite, estando a Herdade de Maria da Guarda vocacionada para a exportação, foi também uma opção.

Uso: azeite

As azeitonas Koroneiki são a principal variedade de azeite na Grécia e são cultivadas em todo o continente, bem como em muitas ilhas do país. Estima-se que entre 50 e 60 por cento da área plantada para oliveira da Grécia é dedicada a Koroneiki.

Junto com as variedades Arbequina e Picual, a Koroneiki são adequados para olival moderno. Como resultado, as azeitonas Koroneiki são cultivadas em 19 países diferentes.

Em Portugal é muito conhecida também a variedade Cobrançosa.

Uso: sobretudo para azeite mas também azeitona de mesa

Representando cerca de 10 por cento da área olivícola de Portugal, a azeitona Cobrançosa é uma das variedades mais populares do país.

Considerada uma árvore de grande produtividade, a azeitona Cobrançosa tende a ser de tamanho médio e a dar um azeite com um sabor intenso a picante e amargo distinto e intenso.

Apesar de ser tradicionalmente cultivada na região montanhosa de Trás-os-Montes, a azeitona Cobrançosa espalhou-se pelo resto do país. Os azeites produzidos a partir das azeitonas de Trás-os-Montes, Beira Alta, Norte Alentejo e Alentejo Interior têm todos indicação de Denominação de Origem Protegida.

Por fim há na Herdade de Maria da Guarda as variedade Galega e Cordovil de Serpa, entre outras.